7.10.2009

vinho

Não percebo nada do assunto.
Gosto de saborear um bom (ou mais ou menos) lá de vez enquanto. Ontem proporcionou-me um momento hilariante. Não foi bebedeira, nem toquei num copo que fosse. Bastou a companhia certa, uma ida às compras, uma estante com variadíssimas opções de escolha e uma busca incessante, perdida como quem procura mas não sabe o quê.
No meio da desorientação e dos lamentos, ouve-se garrafas a tinir – duas, três...
Troca de olhares suspeito. O pensamento foge.
“Deve de ser barato! Será que é bom! Ainda há mais!"
Ainda a tinir, CINCO!!!
Deve de ser bom! Que vinho é este. Ele ainda está ali. Disfarça.”
Caminho livre, já seguiu.
Troca de olhares, gargalhada, como quem leu o pensamento um do outro e sabe que passo dar a seguir. Corre-se para o local.
Ainda há mais. Não conheço a marca. Não é assim tão barato. Deve de ser mesmo bom”.
Arriscamos e levamos uma garrafa. Agora é esperar e ver se as visitas gostam.
Afinal não percebo nada do assunto.